Há uma certa leveza de quem em si acha graça. Não uma graça pejorativa e desagradável, mas aquela graça contemporizadora e pacifica. Pessoas que riem de si mesmas, com certeza, são mais divertidas e boas de ter por perto.
Quando criança cresci com outras crianças vizinhas, no bairro da zona leste, em São Paulo. Eu como mais velha da turma, cheguei a carregar no colo alguns deles. Foi assim que passados alguns bons anos, um desses que carreguei no colo se tornou um profissional faz tudo, ou seja, aquela pessoa que é que nem bombril tem "mil e uma utilidades", atualmente, também conhecido como "marido de aluguel" tornou-se um amigo querido da nossa família. E o que eu gosto nele além da sua presteza e profissionalismo, é justamente essa leveza de brincar consigo mesmo. Ele é muito "desligado" quando esquece alguma coisa do que tem que fazer em um serviço, dá um tapinha na testa e diz com humor: Ehhh cabeção!!!
Na minha profissão já me encantei com muitos pacientes, que riem de si mesmo e acreditem o processo psicoterapêutico flui melhor quando reconhecemos nossas limitações, mas entendemos que podemos elabora-las com a leveza da graça ou bom humor. Brincar com nos mesmos é muito positivo.
Há muitos anos passados, tive um paciente, que aprendeu a reconhecer seus melindres e dizia para si mesmo: "Xo...xo..xo...mimimi".
Emprestando de Willian Arthur Ward fica aí para refletirmos: "Errar é humano, tropeçar é comum. Ser capaz de rir de si mesmo é maturidade." (GESD)
Um abraço fraterno
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