Lembro... Tinha apenas 13 anos e fui acometida por uma colite, uma dor terrível! Depois de alguns dias acamada, levanto da cama e vou até a cozinha da casa dos meus pais, sento em uma cadeira próxima a mesa e a vista turvou e desmaiei. Nos meus ouvidos ecoava ao longe uns passos fortes e sentia o calor dos braços que apreensivo me carregava; a respiração ofegante e o cuidado de colocar-me de volta a cama. Sim, meu Paizão, assim o chamava estava ali apreensivo e me acudiu no meu desfalecimento.
Ainda hoje, a minha memória sensorial resgata esse socorro paterno, principalmente, quando me sinto fragilizada por alguma coisa. As lagrimas afloram quando lembro dos seus passos fortes. Tudo no Paizão era a valorização da fortaleza. Dele absorvi tantos valores que ainda hoje norteiam a minha vida, aprendi: a ser corajosa e valente, não temer a verdade, fugir da mentira e falsidade. Ele dizia aos filhos quando um de nós aprontávamos algum mal feito: "Não minta, fale a verdade e não terá castigo."
Gostaria de com essa reflexão, no dia de hoje, leva-los a sentir a mesma gratidão que sinto pelos aprendizados de meu pai. Sei que muitos de vocês estarão nesse momento abraçando ou lembrando com carinho desses homens valorosos que fizeram ou fazem parte da vida de cada filho ou filha. (GESD)
Um abraço fraterno
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