quarta-feira, 16 de junho de 2021

167/365: Nadador da vida.

     Quando eu era um menina,  acredito que com  6 anos,  fui com meus pais na praia. Não sabia nadar, mas aquele "marzão" me convidava,  tentadora,  com as ondas que quebravam nos meus pés. Lembro  que brincava e de repente já não sentia os meus pés a tocarem o chão, apenas as ondas que, já não eram mansas e gentis, mas sim fortes e queriam me levar para longe. A custo meus pezinhos procuravam o chão arenoso  e a cada onda que cobria a minha cabeça eu rezava para ter pé, não queria cair ou ser levada. Fui salva por um banhista, levei uma bronca homérica dos meus pais   e prometi para mim mesma que não me arriscaria a outra aventura igual, principalmente,  aventuras que eu perdesse o pé no chão.  

    No entanto, tantos anos se passaram e quantas coisas vivi e quantas vezes quase perdi o "pé do chão": frustração, vaidade, orgulho, manias, descontrole emocional, intemperanças, raiva e outros pequenos delitos emocionais. Mas, não cai e nem me afoguei no mar dos ressentimentos e da vergonha.  Ainda hoje vejo as ondas da vida algumas cobrindo a minha cabeça mas os meus pés estão firmes no chão. E aí eu pergunto a cada um de vocês que me leem: 

    Alguns de vocês até poderão dizer sou excelente nadador. E eu te pergunto: 

Você é um bom nadador da vida? 

Os teus pés estão firmes no chão da tua vida?    

Como você enfrenta a si mesmo?

Como você se "salva" das ondas  das adversidades e das provações?

Você, consegue, com humildade  identificar e corrigir os seus erros ou se afoga nas lamurias e revoltas?

    Fica aí essa analogia da vida com o mar e quiçá  essas reflexões  os ajudem  a serem bons nadadores, na incrível aventura, desses mares ora bravios  ora serenos que é a vida.    

Um abraço fraterno

Maria Fátima Barroso Barbosa
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