sexta-feira, 5 de março de 2021

64/365: Você está bem? Então está tudo bem!

 Amados...

    Recentemente, assisti um filme que muito me tocou chama-se "I´am your woman" uma história muito interessante. Uma jovem  mulher  casada  com um homem.  Ele tem negócios escusos e de um dia para outro ele traz para sua casa um bebezinho de, no máximo, 6 meses e o põem no colo dela.  Ela, surpresa,  pergunta como ele conseguiu aquela criança?  Ele, enigmaticamente,  não responde apenas diz que  a partir daquele momento aquela criança era o filho deles. Começa para  essa mulher, uma série de ocorrências,  cheias de angústia em que ela se viu da noite para o dia sendo obrigada a fugir com o seu bebezinho. Nessa fuga, ela foi conduzida por um  misterioso homem, que estava a serviço do seu marido.   Foram situações muito estarrecedoras e cheias de suspense. Mas o que me chamou a atenção é um determinado trecho do filme em que esta mulher, toda encharcada pela chuva,   durante uma de suas inúmeras fugas   chora,  copiosamente,  em uma lavanderia e é aconchegada por uma velha senhora, uma desconhecida,   que pega as suas mãos e diz: Você está bem? A jovem mulher olha chorando e mesmo assim sorri e a velha senhora diz acalentando: Então está tudo bem. Essa cena, para mim valeu todo o filme. E me trouxe algumas lembranças muito preciosas.

    Quantas vezes, na nossa vida, o que precisamos é de apenas uma mão amiga que aconchega as nossas mãos e diz: Você está bem? E, dando um tapinha nas nossas mãos diz: Está tudo bem! ou melhor ainda: Vai ficar tudo bem. Como é reconfortante sermos ouvidos e  acalentados por gestos de  esperança quando estamos passando por algum sofrimento, por algum desamparo. Sentirmos, a mão do outro sobre a nossa dizendo: Vai dar tudo certo. Confie. 

    Há pessoas que tem essa sensibilidade de perceber a dor do outro e aconchegar com um simples olhar ou toque de mão. Minha mãe era assim, ela reconhecia quando um dos seus filhos não estava bem.  Pela nossa pisada ao adentrar em casa, ela   deixava tudo o que estava fazendo naquele momento  e ia se aproximando e sentava ao nosso lado e dizia: Está tudo bem?! que era a chave para o debulhar em lágrimas e abrir o nosso coração. Como são balsâmicas essas lembranças. Como é bom ter pessoas assim na nossa trajetória de vida. 

    A grande lição que aprendi com minha mãe é de estar atenta não somente a minha dor, aos meus sufocos mas também estar atenta a dor do outro e ter sempre uma palavra de conforto e acolhimento. (GESD)


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    Um abraço fraterno a todos.

Maria Fátima Barroso Barbosa
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