QUARTA GAVETA PSÍQUICA - TOLERÂNCIA

Quarta Gaveta Psíquica

Tolerância

A tolerância é uma das virtudes mais democráticas até porque o dialogo saudável,  produtivo e respeitoso  não acontece se não houver  o entendimento dessa virtude.  

A tolerância acontece a partir do reconhecimento da existência do outro que assim como eu:  ocupa um espaço, constrói   seus cenários existenciais fincados em suas próprias experiências, tem direitos e deveres mas na sua essência é diferente de mim. O reconhecimento da existência e a constatação de que  apesar de ser similar a mim em muitas coisas tem suas próprias diferenças individuais. E a constatação dessa individualidade gera a necessidade de buscar conhecer o outro, pois como dizia  Bernard Shaw: Não faças aos outros aquilo que gostarias que fizessem a ti: eles podem não gostar." ou seja, a disponibilidade de conhecer o outro leva ao entendimento de que o que é bom e valido para você pode não ser para ele. 

E ai faz-se necessário além do conhecimento do outro também a disponibilidade para compreende-lo. Ver, ouvir e atentar sobre a perspectiva pessoal do outro e não da sua.   E tudo isso se resume no respeito para conhecer e compreender o que outro traz ou faz mesmo que seja diferente do que você faria. 

Ser tolerante é portanto uma virtude das mais nobres e trabalhosas pois requer de nos disponibilidade e respeito constante as diferenças individuais. 

E como dizia Mahatma Gandhi: "A lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos."

Um abraço fraterno 
Maria Fátima Barroso Barbosa
Psicoterapeuta e Palestrante
Instagram: mfbblog
Consultorio no Bairro Tatuape
São Paulo-SP

TERCEIRA GAVETA PSIQUICA - EXCESSO DE EXPECTATIVAS

Terceira Gaveta

Excesso de Expectativas

Hoje os convido a revisar a gaveta interna das expectativas. Expectativa é a situação de quem espera a ocorrência de algo, ou a sua probabilidade de ocorrências em determinado momento. É, perfeitamente, compreensível esse estado psíquico de espera e aguardo sobre algo ou alguma coisa. No entanto, ela se torna prejudicial quando a temos em   excesso, principalmente, pelo aguardo do proceder ou posicionamento do outro.  Aguardar pelo pelo  outro muitas vezes é desconfortável e gera sofrimento psíquico porque há uma  idealização, partindo de nos mesmos.   E isso é algo que precisamos rever e corrigir  para tanto faz-se urgência no nosso evoluir como pessoas humanas compreender que os nossos  princípios e valores não necessariamente são o do outro. Por exemplo: Muitos pais se queixam que eles sempre estão disponíveis e afetuosos para com os filhos. No entanto, nem sempre os filhos estão disponíveis e afetuosos para com eles.    O sofrimento é expresso na tristeza e frustração levando-os a refletir que em algum momento eles falharam.  Entendam que não necessariamente. 

Todo ser humano é passível de erros e o maior deles é a idealização de modelos que partem das nossas vivências e percepções. 

Observa  o que é bom, válido e digno para você, mesmo que  tenha se esforçado para passar para seus filhos através das suas atitudes ou exemplos, não significam que serão totalmente assimilados,   aprendidos ou valorizados. Mesmo porque o que eles vivem nesse momento é diferente do que você vivenciou no passado.  Mas acredite em algum momento a vida ensina.  Portanto, independente, das frustrações persevera na  sua atitude e em momento propicio busque o dialogo esclarecedor. 

E com este texto gostaria de provocar reflexões para o quanto nos desgastamos por alimentar expectativas em excesso. A melhor atitude é serenar suas emoções e dar conta apenas a que lhe compete, pois o outro é um "universo" tão complexo quanto o seu.

Um abraço fraterno

Maria Fátima Barroso Barbosa

Psicoterapeuta e Palestrante

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