O QUE DEVE SABER QUEM SE DISPÕEM A OUVIR A DOR DO OUTRO

O QUE DEVE SABER QUEM SE DISPÕEM A OUVIR A DOR DO OUTRO

Quantas vezes somos tocados pela dor do outro que traz queixas como as abaixo: 

- Eu estou com tanto medo. Não sei como agir. 

- Estou insegura no meu trabalho. Tenho vontade de jogar tudo para cima. 

- Tem momentos que a vida é tão sem significado, parece que nada flui. 

- Estou muito decepcionada com fulano....Tenho vontade de soca-lo.

Estas e outras queixas as mais diversas, devem ser ouvidas com muito respeito. Quem ouve deve, sim valorizar e respeitar a intensidade do outro. Situações de medo, insegurança, desespero, sentimentos de nulidade, frustração e raiva entre tantos outros sentir devem ser ouvidos com atenção e ao se orientar e aconselhar "nunca" se por como exemplo de superação. Há pessoas que por mais boa vontade que tenham ao ouvir o sofrimento do outro sempre diz:

- Ah eu sei o que você está sentindo...comigo aconteceu exatamente isso. E eu agi dessa maneira e consegui superar.

Por favor, preste atenção, na maioria das vezes quem desabafa quer apenas ouvidos e corações que entendam e acolham sua dor. Colocar-se como exemplo de superação é vaidade e para quem está fragilizado motivo para sentir-se mais infeliz, por que afinal você superou e ele não. 

Ao ouvir o outro na sua dor, procure leva-lo a refletir sobre o que ele já tentou fazer para entender e melhorar seus medos e inseguranças. Seria mais ou menos assim:

Estou com medo não sei como agir.  DE QUE VOCÊ TEM MEDO?  - (Na maioria das vezes a pessoa, está tão temerosa e aflita, que não consegue identificar os seus temores) Mas se ela consegue identificar busque tranquiliza-la, com palavras de confiança, faça a lembrar de quantas situações na sua vida ela saiu vitoriosa ao enfrentar seus temores.  

Ao perceber na dor do outro a frustração, raiva, ressentimento, leve-a identificar o sentimento que se apoderou dela: Diga mais ou menos assim: 

> Pelo que você acabou de me contar você está bem chateada e com raiva. Procure tranquiliza-la levando a buscar soluções de serenidade. E a encoraje a acreditar que se ela pensar positivamente estará acionando "n" possibilidades criativas para ficar bem, pois vibrações negativas como: frustração, raiva, ressentimentos, desesperança são sentimentos que geram muito mal-estar e até doenças psicossomáticas.  

Vibrações negativas de raiva, frustração e ressentimentos dentre outros sentimentos negativos devem ser elaborados e substituídos pelo entendimento, aceitação, compaixão e perdão.

Um abraço carinhoso e fraterno

Maria Fátima Barroso Barbosa

Psicoterapeuta de Adultos, Casais e Adolescentes.

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