quinta-feira, 8 de novembro de 2018

SÍNDROME DE BURNOUT - PARTE I - QUEIMAR-SE POR COMPLETO

Síndrome de burnout 
 "queimar-se por completo"
Parte I

 

O próprio subtitulo já sugere sobre o que trata a síndrome de burnout. Para melhor esclarecer: 

Síndrome vem do grego "syndromé, que significa "reunião".
É um termo bastante utilizado em Medicina e Psicologia para caracterizar o conjunto de sinais e sintomas que definem uma determinada patologia ou condição.

A síndrome de burnout  também é conhecida como a síndrome do esgotamento profissional, que geralmente, podem acometer profissionais que apresentam uma dedicação exagerada ao seu trabalho. 

A síndrome de burnout foi descoberta, em 1970,  pelo psicanalista nova-iorquino Herbert Freudenberger, quando percebeu nele mesmo e em outros colegas  os sintomas.

Na burnout é  como se o nosso corpo e a nossa mente, se rebelassem e gritassem: "CHEGA!!!" . É um total exaurir das energias físicas e psíquicas. O profissional antes atencioso e proativo, transformar-se em "um corpo presente" mas sem motivação está no "automático". É o presenteísmo, um dos sintomas, em que se está fisicamente mas a mente está distante. 

A  ISMA-International Stress Management Association, com filial no Brasil pondera que 30% da população trabalhadora do pais apresenta esse grau máximo de transtorno que chega a comprometer  4,5% do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil. 

No livro de Ana Maria Benevides Pereira: Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador, 2002, Editora Casa do Psicologo >  Ela cita alguns sintomas físicos, comportamentais, psíquicos e defensivos.  Abaixo alguns:

Físicos : fadiga constante e progressiva; distúrbios do sono; dores musculares;  cefaleias e enxaquecas; perturbações gastrointestinais; transtorno cardiovasculares; alterações menstruais nas mulheres. 

Comportamentais: negligência ou excesso de escrúpulos; aumento da agressividade; incapacidade de relaxar; dificuldade de aceitar mudanças; aumento do consumo de álcool ou outras drogas; comportamento de auto-risco (maior risco de errar e de acidentes de carro); suicido. 

Psiquicos: falta de atenção, de concentração; alterações de memória; lentificação do pensamento; sentimento de alienação; sentimento de solidão; impaciência; baixa autoestima; labilidade emocional; desconfiança,  paranoia. 

Defensivos: Tendência ao isolamento; sentimento de onipotência; perda do interesse pelo trabalho;  absenteísmo; ironia,  cinismo. 

Ainda reportando ao livro e a autora  acima citados: Toda e qualquer atividade profissional > (minha observação: exageradamente exercida) pode vir a desencadear essa síndrome, porém as profissões que mantêm contato constante e direto com outras pessoas, principalmente, quando esta relação é considerada de ajuda, são as mais afetadas como: professores, enfermeiros, médicos, policiais, estudantes,  psicólogos, bombeiros, carcereiros, oficiais de justiça, assistentes sociais, atendentes de telemarketing, bancários, advogados, executivos, arquitetos, jornalistas.

Em um artigo, publicado no jornal The New York Times sobre mulher e trabalho que foi  desenvolvido por Sheryl Sandberg, diretora do Facebook  e Adam Grant, professor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos. Eles pesquisaram 183 estudos sobre diferenças de gênero e burnout em 15 países. Constataram que de mil profissionais, há 540 mulheres para 460 homens com burnout. Elas são mais afetadas porque não se lembram de seguir a orientação das aeromoças: "colocar em si mesmas a máscara de oxigênio antes de ajudar os outros" (Revista Claúdia maio/15 pag. 177).

Na próxima 5a.feira dia 15/11/2018 - Síndrome de burnout - Parte 
II: Prevenção e Tratamento.  

Me aguardem!

Um abraço carinhoso e fraterno
Maria Fátima Barroso Barbosa


 



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